CFA / FIA Girls on Track Brasil
A Comissão Feminina de Automobilismo (CFA) da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) teve trabalho dobrado no Rolex 6 Horas de São Paulo, a quinta etapa do FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance, realizado no último fim de semana, no Autódromo de Interlagos. Além de comandar a primeira FIA Girls on Track Brasil (FIA GOT BR) Experiência para Estudantes no WEC, na quinta-feira, 10, com garotas de 12 a 18 anos, na sexta-feira, 11, conduziu a segunda edição mundial do FIA CareerShift. A primeira foi na prova 6 Horas de Imola do WEC, em abril. Criado neste ano, inspirado no sucesso mundial do FIA GOT, o CareerShift é dirigido a moças e rapazes de 18 a 24 anos, preferencialmente universitários.
“Foi nossa primeira vez no WEC, e foram dois dias incríveis! A FIA tem nos dado um superapoio, e demonstrou sua confiança em nós para coordenarmos a primeira vez do CareerShift no Brasil. Essa participação no WEC, realizando a Experiência para Estudantes e o CareerShift, com o acompanhamento da Fahmida Faiza, gerente de impacto social da FIA, é motivo de orgulho para nós”, diz Bia Figueiredo, presidente da CFA – criada em 2023 por Giovanni Guerra, presidente da CBA – e representante do Brasil no FIA GOT BR desde 2021.
FIA GOT BR – Na quinta-feira, 10, as participantes do FIA GOT BR foram recepcionadas por Fahmida Faiza, que falou sobre a FIA; sobre a FIA Women In Motorsport Commission (Comissão de Mulheres, em que Bia representa a América do Sul desde 2022); e sobre a implementação e objetivos dos projetos Girls on Track e CareerShift. Emilie Rotkopf, gerente de marketing do WEC, falou sobre o Mundial de Endurance. Bia explanou sobre o trabalho da CFA e da CBA. As meninas viram vídeo enviado por Fabiana Ecclestone, vice-presidente da FIA para esporte na América do Sul. E a engenheira Rachel Loh, integrante da CFA e da FIA GOT BR, fez um briefing de segurança.
Depois, em grupos, elas tiveram workshops dinâmicos. Um com Rachel, sobre sinalização com bandeiras na pista, e outro com Bia, sobre tudo o que um autódromo precisa ter. Este acabou com cada uma desenhando sua pista, com no mínimo seis curvas, em um exercício prático que, por si só, já dá ideia da amplitude dos fatores envolvidos no motorsport. Vieram então as visitas à sala de race control, ao media center do WEC, onde foram recebidas por Cleber Bernucci, assessor de imprensa da prova brasileira, e por Piotr Magdziarz, da delegação de imprensa da FIA. À tarde foi hora do pitlane walk, com direito a visita ao box da Porsche. A entrega de certificados de participação e de um par de ingressos para a corrida de domingo a cada estudante encerrou a programação.
FIA CareerShift – Na sexta-feira, 11, após a recepção por Fahmida Faiza, as moças e rapazes inscritos no FIA CareerShift assistiram inicialmente a três palestras. Uma de Mariana Quitanilha, analista sênior de comunicação e marketing da Ipiranga, sobre marketing esportivo e as muitas formas de começar uma carreira no automobilismo. Outra da Emilie Rotkopf, sobre o WEC. E uma do chief scrutineer Clovis Matsumoto, chefe dos comissários técnicos na Fórmula 1 e no WEC. Ele falou sobre ser voluntário da FIA volunteer, como scrutineer (comissário técnico), pusher (que manobra e empurra carros) ou marshall (como bandeirinha ou fiscal de pitlane, por exemplo); sobre o que faz um comissário técnico; e sobre como começar para quem deseja se tornar um deles.
À tarde, os estudantes visitaram a sala de race control e o media center, passaram um bom tempo no pitlane walk, com oportunidade de interagir com profissionais de algumas equipes, e assistiram ainda à palestra de Luiz Sales, assessor de imprensa institucional da corrida 6 Horas de São Paulo. Após o discurso de encerramento de Fahmida Faiza, todos ganharam duas entradas para a corrida.
“Foram dois dias incríveis. Eu e a Bia precisamos ir para a corrida Copa Truck em Cascavel, só pudemos estar presentes no FIA GOT BR Experiência para Estudantes na quinta-feira, e deu até dó ter que ir embora de Interlagos, estava tudo fascinante. Agradecemos à FIA por tudo, à Aline Vilatte, head do Rolex 6 Horas de São Paulo, e à equipe da Porsche por nos receberem. E somos particularmente gratas às voluntárias Marina Candido, Mariana Quintanilha, Pamela Furquim e Paolla Furquim. Elas trabalharam muito na organização de todas as atividades e conduziram maravilhosamente o FIA CareerShift na nossa ausência. São colaboradoras incansáveis, como várias outras que nos ajudam durante o ano todo”, conclui Rachel Loh.
O que alguns participantes disseram
FIA GOT BR Experiência para Estudantes no WEC
Isabella Alvarenga de Oliveira, 18 anos, de Santo André, do ABC, região metropolitana da capital paulista, estuda engenharia de controle e automação no Centro Educacional Engenheiro Salvador Arena: “Estar em um evento tão grande quanto a WEC foi incrível. A gente conseguiu ver todo mundo trabalhando nas suas áreas em um monte de áreas diferentes, deu para entender o quão abrangente o emprego no motorsport é. Para alguém que quer seguir carreira no automobilismo como eu foi extremamente importante. Além de conhecer pessoas, a gente viu o que elas estão fazendo e aí você fica: meu Deus, é isso mesmo! O que mudou na minha cabeça foi a certeza de que trabalhar com automobilismo pode acontecer realmente”.
Luísa Gonçalves Freitas, 18 anos, de São José dos Campos (SP), faz o curso 51 da Universidade de Campinas (Unicamp), base de ingresso para matemática, física e engenharia física: “Esse dia foi uma maneira de eu começar a tentar seguir uma carreira no automobilismo, e me trouxe mais uma certeza, a de que tem mais mulheres, de que essa área está crescendo. Esse projeto mudou a minha vida. Tantas meninas que gostam do automobilismo reunidas é algo que eu não vejo muito. Ver isso me deu uma confiança extra, porque o trabalho em automobilismo é mais dominado por homens e é um pouco assustador. Mas depois de conversar com profissionais de motorsport, eu me sinto mais confiante”.
Manuela Beth Dapper, 16 anos, de São José do Rio Preto (SP), cursa o segundo ano do ensino médio no Anglo Rio Preto: “Eu já tenho uma ideia, há um tempo eu quero fazer engenharia mecânica. Estar no WEC é uma primeira oportunidade para eu conseguir chegar naquilo que eu quero. E serve para eu ter noção de como funciona um ambiente como esse. Esse dia me fez ter realmente certeza que eu quero trabalhar com automobilismo, me encantou mais ainda”.
Thaís, Bighetti Correa, de São Paulo (SP), 16 anos, cursa o segundo ano do ensino médio no SESI Belenzinho: “Esse dia muda muita coisa na minha vida, porque eu tenho o sonho de um dia conseguir trabalhar como engenheira mecânica ou como mecânica na Ferrari. Participar da Experiência para Estudantes no WEC foi uma oportunidade única. Tanto o inglês que eu consegui melhorar para estar aqui quanto a experiência de saber como é que são as coisas, como é que é trabalhar com os carros, como tudo funciona em uma categoria internacional, isso mudou muita coisa para mim. Ultrapassou totalmente minhas expectativas”.
FIA CareerShift
Geovanna Cruz, de 20 anos, mora em Bath, na Inglaterra, estuda engenharia mecânica na Universidade de Bath, em férias de verão com a família no Brasil: “Esse dia abre portas, dá oportunidade, faz a gente estar aqui acompanhando o dia a dia, não só dos engenheiros, mas de outras áreas. Então, pessoas que querem trabalhar, por exemplo, com direito ou com marketing, conseguem se enxergar olhando pessoas que estão trabalhando naquilo que elas almejam. Além do network que é tudo. A gente consegue adquirir experiência, tirar dúvidas, aprender novas coisas. Esse dia é uma virada de chave na vida de todo mundo. Eu quero muito trabalhar no automobilismo e dias assim fazem a gente se motivar. É o combustível!”.
Riquelme Pérez, de São Paulo (SP), 18 anos,estuda jornalismo na Universidade 9 de Julho: “Eu tenho uma mídia independente no Instagram sobre automobilismo, mas ver como as coisas funcionam por trás, como tudo acontece sendo explicado direitinho, foi o mais importante para mim. Profissionalmente, me deixou muito mais inspirado e encorajado a procurar as pessoas para saber mais sobre como funciona o acesso para entrar nas carreiras do automobilismo, e a estudar inglês, porque vi que é necessário ser uma pessoa bilíngue”.
Luiza Goulart, 21 anos, de Varginha (MG), estuda engenharia de controle e automação na Universidade Federal de Lavras, no sul de Minas Gerais: “Eu enxergava o automobilismo como algo na televisão, muito distante da minha realidade. Esse CareerShift foi uma virada de chave na minha mente. Eu vi que realmente posso trabalhar com isso. Foi um dos dias mais importantes da minha carreira”.
Murilo Dias, 21 anos, de Andradina (SP), estuda engenharia da computação na Unisalesiano de Araçatuba, no interior paulista: “Foi muito bom por causa do network, para conhecer pessoas diferentes e entender como vários caminhos podem levar ao mesmo resultado para quem quer trabalhar com automobilismo”.
Sobre CFA e FIA Girls on Track Brasil – Com o objetivo de aumentar a presença de mulheres no automobilismo, nas pistas e em todas as funções do motorsport, a Comissão Feminina de Automobilismo (CFA) desenvolve ações em diversas áreas e formatos com o selo FIA Girls on Track Brasil.
Em 2025, até agora, foram realizados os módulos técnico e de comunicação da série de aulas e palestras Imersão para Mulheres em Motorsport, em parceria com a Equipe AMattheis Motorsport; os três primeiros dos cinco Estágios em Motorsports: na Porsche Cup, na Stock Car e na Endurance Brasil; a Experiência para Estudantes na Porsche Cup; a FIA GOT BR Seletiva de Kart; a Experiência para Estudantes no WEC; e a segunda edição mundial do FIA CareerShift, para moças e rapazes, coordenada pela CFA, no WEC.
Neste mês de julho tem início o Campeonato de E-Sports FIA Girls on Track em parceria com a Comissão Nacional de Automobilismo Virtual (CNAV) da CBA, no dia 22, e a Equipe FIA Girls on Track Brasil largará para o Sertões, maior rally off-road das Américas, sob comando da chefe de equipe Camila Mattheis, com a pilota Raquel Stein e a navegadora Christina Xavier, a estagiária de engenharia Bárbara Sanglard e a mecânica Ana Cristina da Silva, no dia 26.
Em 2024, a programação da CFA teve a Experiência para Estudantes na Fórmula 1; duas edições da Experiência para Estudantes na Fórmula E; Estágio em Motorsports no GP de São Paulo 1000 Milhas de Interlagos, na Porsche Cup, na Stock Car, na Fórmula 4 Brasil, na Copa Truck e na Mitsubishi Cup; Seletiva de Kart; e a participação na Mitsubishi Cup com o time FIA Girls on Track Brasil no Eclipse Cross R #61 da equipe Spinelli Racing. Desde 2021 a CBA promove as ações do FIA Girls on Track no Brasil, sob comando de Bia Figueiredo, que, desde 2022, também representa a América do Sul na FIA Women In Motorsport Commission.
* Colaboraram para esta notícia a voluntária Marina Candido nas entrevistas e nas fotos, o voluntário Ricardo Ferreira nas fotos, e os fotógrafos José Mário Dias, Luís França e Vinicius Branca
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Gratuito, disputado apenas por mulheres de várias idades e formações, competição virtual terá seis etapas e prêmios em dinheiro para as três primeiras colocadas
Antonella Bassani, Bruna Tomaselli, Kaká Magno e Renata Camargo estão entre as 80 mulheres que se inscreveram para a primeira competição virtual feminina brasileira
Parceria da Comissão Feminina de Automobilismo com a Comissão Nacional de Automobilismo Virtual, o Campeonato de E-Sports FIA Girls on Track começará em 22 de julho, com prova seletiva até 10 de julho; premiação em dinheiro para as três primeiras colocadas
A Comissão Feminina de Automobilismo, comandada por Bia Figueiredo, realizará a FIA Girls on Track Brasil Experiência para Estudantes e coordenará o novo programa FIA CareerShift, para jovens estudantes, moças e rapazes, de 18 a 24 anos